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Jefferson Ribeiro

Departamento Médico e Casa de Concentração 1955

Com acesso à primeira divisão em 1954, o Esporte Clube Taubaté se preparava para a disputa do campeonato paulista de 1955. Além da montagem de um time competitivo e da árdua tarefa de ampliação do seu estádio em um curto espaço de tempo, o alvi azul tinha outras carências, como um departamento médico próprio. Não era tarefa das mais fáceis, pois custaria muito dinheiro ao clube, porém, os atletas não tinham o suporte necessário na parte médica, precisando a cada contusão depender do auxílio médico de São Paulo. Com isto, não só se perdia tempo, como a assistência nem sempre se verificava na hora exata de sua necessidade.


Um acontecimento marcante na vida do Esporte Clube Taubaté, que começou a mudar as coisas, foi a chegada do doutor Amilcar Gifoni. Médico da seleção brasileira na copa de 1950 e em outras oportunidades como em amistosos internacionais, estava mais de uma década como médico do Vasco da Gama, seu amigo e presidente do alvi azul Joaquim de Morais Filho não mediu esforços para traze-lo a Taubaté. Começou a prestar assistência aos atletas no final do mês de julho de 55, entretanto, em um acordo com o clube, de maneira a que essa assistência fosse melhor, o doutor ressaltou da necessidade de um departamento médico próprio, todo aparelhado.

O presidente do clube, Joaquim de Morais Filho discutiu o assunto com a diretoria, e chegou a conclusão de que realmente era preciso atender à sugestão do doutor Gifoni e, paralelamente a isso, uma ideia antiga do presidente foi colocada em discussão, a casa de concentração para os atletas, que se chegou a conclusão de que também seria algo muito importante a se fazer.

Graças ao árduo trabalho de Joaquim de Morais, Savério Mario Ardito e José Rodrigues Pereira, o Esporte Clube Taubaté, inaugurava no dia 24/09/55, sua casa de concentração para atletas e o departamento médico. Às 20:00 horas reuniram-se a diretora, os conselheiros, sócios e principalmente a mídia local, para inauguração.

O presidente Joaquim de Morais Filho, pediu a palavra, explicando as razões determinantes da realização de tal feito para utilidade e conforto dos atletas. O doutor Gifoni, foi quem fez, praticamente a apresentação oficial da casa, afirmando que era a casa do desportista, o lar do atleta, um recanto de bons ensinamentos, de boa disciplina e da camaradagem.

O senhor José Luiz de Almeida Soares fez a saudação aos presentes em nome da diretoria, lembrando a fé inquebrável da torcida Taubateana, que esperava a permanência do clube na primeira divisão (até aquele momento o alvi azul não estava bem no campeonato, nas últimas colocações, mas depois de toda a estrutura dada aos atletas com a inauguração da casa de concentração, departamento médico e com a chegada do treinador Aymoré Moreira, o alvi azul realizou uma campanha esplêndida no segundo turno, ficando em terceiro lugar e em oitavo no geral).

O senhor Moysés Calile Junior, em nome da Associação dos Cronistas Esportivos de Taubaté, parabenizou a diretoria do alvi azul, pelo seu alto espírito de sacrifício, para o conforto dos jogadores. Para finalizar, o senhor Paulo Sampaio Santos, sugeriu para que fosse instituída a biblioteca na concentração, ideia aprovada imediatamente. O jornalista Emílio Amadei Beringhs fez a oferta do primeiro livro, que tinha como tema o esporte. E foi lembrado o nome de João Rachou para patrono.

Todas as dependências foram visitadas demoradamente, acompanhada das explicações do doutor Gifoni e Joaquim de Morais. A casa de concentração tinha um departamento médico bem aparelhado, sala de massagem, dormitório confortável, boa cozinha, enfim, tudo que se fazia necessário. O Esporte Clube Taubaté, tinha uma casa de concentração e um departamento médico superior a de muitos times de prestígio.

Ficou determinado que sábado às 20:00, venceria o prazo para a entrada de todos os jogadores convocados para ficar à disposição da direção técnica.

O Esporte Clube Taubaté, além da sua sede na rua Duque de Caxias, tinha agora sua casa de concentração na rua Visconde do Rio Branco.

Após quase dois meses da inauguração da casa de concentração e do departamento médico, uma equipe do jornal gazeta esportiva, visitou o local, sendo recebida pelo presidente Joaquim de Morais, ficaram impressionados com todas as acomodações. Durante a visita, estiveram presentes, além de Joaquim de Morais, os diretores Ibrahim Nagib e Oliveira Meireles, o treinador Aymoré Moreira, o doutor Gifoni e alguns jogadores.

Fonte:

A Gazeta Esportiva - Terça Feira, 27 de Setembro de 1955.

A Gazeta Esportiva - Sexta Feira, 11 de Novembro de 1955.

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